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TEXTOS/ESSAYS > FELIPE MUJICA

Felipe Mujica nasceu em Santiago (1974) e viveu em Londres por nove anos durante sua infância antes de retornar ao Chile. No início dos anos 2000, Mujica mudou-se para Nova York, onde atualmente vive e trabalha. Essa experiência de deslocamentos ao longo da vida proporcionou ao artista obter uma ampla e variada bagagem cultural, a qual moldou seu trabalho tanto a nível conceitual quanto estético; do modernismo de vanguarda europeu da Bauhaus aos movimentos emblemáticos concreto, neoconcreto e de arte óptica latino-americanos, o artista  abrange a flexibilidade de materiais distintos dentro de uma zona cinzenta que mistura arquitetura, design têxtil e arte.

 

Mujica trabalha em diferentes mídias e escalas, desde desenhos sobre papel a impressões, painéis de tecido e instalações, explorando o espaço como suporte do próprio trabalho. Ele cria trabalhos baseados na abstração geométrica dos anos 1950, 60 e 70, assim como considera a influencia do construtivismo primário em sua obra. A apropriação de imagens de design e o desenvolvimento de uma linguagem gráfica universal coexistem com contextos históricos e políticos trazidos por algumas obras, enquanto que sua prática proporciona oportunidades para a interação do público assim como para intervenções de outros artistas. O artista acredita que o princípio da arte é a colaboração; dessa forma, um elemento essencial em sua produção é a dinâmica entre o individual e o coletivo. Isso pode ser notado especialmente em suas icônicas “Cortinas”, peças de tecidos que funcionam sozinhas como desenhos no espaço, servem para acentuar ou confrontar a arquitetura e também como composições agindo juntas como divisórias para outros trabalhos no local, às vezes em diálogo com trabalhos de outros artistas ou mesmo com o processo curatorial. Esse aspecto do trabalho em aberto de uma peça multifuncional traz diferentes sentidos para a obra., algumas vezes ambíguos, deliberadamente evocando uma qualidade efêmera da sua natureza.

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Felipe Mujica was born in Santiago de Chile (1974) and lived in London for nine years as a child, before returning to his homeland. In the early 2000s, Mujica moved to New York where he currently lives and works. This whole displacement experience has provided the artist with a broad and diverse cultural background, which has shaped his work on both conceptual and aesthetical levels; from the European avant-garde modernism of the Bauhaus to the Latin American emblematic concrete, neo-concrete and optical art movements, the artist embraces the flexibility of distinct materials inside a grey area merging architecture, textile design and art.

 

Mujica works on different media and scale, from drawings on paper to prints to fabric panels and installations, exploring the space as a support of the very own work. He creates works based on geometric abstraction from the 1950’s, 60’s and 70’s, as well as considering the influence of the early constructivism in his output. The appropriation of design images and development of a graphic universal language coexist with a historical and political contexts brought by some of the pieces, whilst his practice provides opportunities for public interaction and even other artists interventions. The artist believes the principle of art is collaboration; therefore, a key element in his production is the dynamics between the individual and the collective. This can be noticed especially in his iconic “Curtains”, textile pieces that can work alone as drawings in space, function as accentuations or confrontations to architecture and also be a composition and act together as divisions to other works in the site, sometimes in dialogue with other artists’ works or even with the curatorial process. This open work aspect of a multi-functional piece brings different meanings to the artwork, at times ambiguous, deliberately evoking an ephemeral quality in its nature.

TEXTO ESCRITO PARA INTRODUÇÃO DO ARTISTA AO ELENCO DA CASA TRIÂnGULO, são paulo, 2016

"Las universidades desconocidas"

32ª BIENAL DE São paulo, 2016

FOTO: FERNANDO MOTA

introduction text for the artist's REPRESENTATION BY CASA TRIÂNGULO, sao paulo, 2016

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